terça-feira, 12 de julho de 2005

Eu & Uly

Ele saiu andando como quem nem queria mais olhar pra minha cara. Eu não tentei correr atrás, simplesmente parei onde estava e gritei, sem medo de que todos ouvissem: Ulysses, eu te amo! Fiz aquele drama básico onde levo as mãos ao rosto e finjo que enxugo as lágrimas enquanto voltava ao grupo, que tentava manter a naturalidade, até que uma garota disse: Se não fosse seu cunhado, eu acreditaria mesmo na sua declaração de amor! - Imediatamente eu contra ataquei com a voz firme, mas uma dúvida no coração: E não se pode amar o cunhado? - Desejei boa noite a todos e voltei pra casa refletindo sobre tudo o que vinha acontecendo há tempos.



Não saberia datar muito bem quando começou a amizade sacana, mas a minha afinidade por aquele cara legal foi no dia em que fui apresentada a ele - agosto de 2002. Daí em diante se tornou uma figura constante na minha vida, seja na minha casa (que se deu muito bem com meus familiares, principalmente com meu pai), nos shows dos nossos colegas ou numa banda que tempos depois acabamos formando e largando de mão também. Uma figura notável que eu admirava, mesmo quando ainda namorava com Fabiana e que passei a achar mais interessante ainda depois que ela o deixou... mas neste período havia Rafael e as minhas curiosidades não foram esclarecidas nem em um 1/5 - havia o mínimo de respeito ao cara que eu namorava! Mas o mundo é cruel e as pessoas são mais cruéis ainda... dediquei tanta atenção, tanto respeito à Rafa e ele me deixou assim sem mais nem menos. Somente neste período descobri o quanto Uly era meu amigo... foi quem me consolou. Passado o período de consolo mútuo, entramos em um outro período meio frustrante pra quem nos via juntos. A pergunta era sempre a mesma: "Será que ele está comendo ela?" A dúvida permanece no ar até os dias de hoje... ninguém tem provas de nenhum tipo, apenas especulações.


Na terça passada, enquanto rolava minha festinha de aniversário (Ops, reunião de amigos íntimos!), precisei sair por 30 minutos pra resolver questões extra-familiares. Entrei em casa com meu sorriso sem vergonha, ainda acompanhada por meu cúmplice e tive que ouvir um comentário maldoso e ver uma cena, que bem no fundo, me causou ciúmes. Uly, de mãos dadas com Susam, dizia: Que anfitriã você é, hein! Larga os convidados ao léu e sai pra namorar! – Ainda não sei o que me deixou meio atordoada:


• Ser o centro das atenções;


• A cena;


• O comentário;


• A desculpa esfarrapada que usei (e que não convenceu ninguém);


• A junção de todos os fatos acima citados.


Na quinta à noite acabei telefonando pra ele já com a proposta: "Você acaba de ser premiado com uma massagem... e aí? Tá afim??" Do outro lado eu podia sentir aquele ar de riso ao dizer: "Você quer é me tarar! Se saia sua doida... hehehe" - Acabei passando na casa dele e mesmo com a minha pressa sem razão, deu pra gente colocar a fofoca em dia e trocar algumas ideias sobre um certo dvd. Na saída, acabei citando Susam X Uly e ele por fim disse: Você é muito ciumenta, mulher... pare com isso! Eu não sou homem pra sua irmã! - Ele me deu um beijo na testa, um abraço e eu tomei meu caminho de volta pra casa (???).


O que eu descrevi no primeiro parágrafo não foi nada importante... ele chegou dizendo que estava "menstruado", que não era pra perturbá-lo... mas eu insistia em dizer que tinha uma boa notícia... e ele em dizer que não queria saber. E foi depois de todo o comentado no domingo, que fiquei me indagando: Tenho sido ciumenta, pegajosa, ou qualquer coisa do tipo, com os meus amigos?? Sei não... ainda não achei resposta para estas perguntas!



Música do dia: Gone - by Jack Johnson

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