quinta-feira, 10 de novembro de 2005

"Sanguinolência"

Estava tocando arquivos de mp3 até que indaguei o conhecimento do meu pai (que diz ter memória muito boa) e toquei uma das músicas da trilha sonora de "Kill Bill"... ele não sabia de que filme era. Resolvi dar uma dica e tocar o "Tema da Enfermeira" mas ele continuava ignorante. Susam se revoltou e disse: "Não é possível que você não saiba!" e descrevi a cena do filme até que meu pai disse: "Não tenho obrigação de lembrar de um filme como Kill Bill! – Não marcou nada em minha memória!" e eu contra ataquei com a FRASE DA SEMANA: "Claro que é marcante... tanto sangue, mas tanto sangue, que até eu que sou mulher e menstruo todo mês*, nunca vi igual!"


Crítica: Os dois filmes são realmente ótimos... mas no Vol. 1 o tosco do sangue esguichando foi muito exagerado... mas foi uma boa "comédia"! hehehehe


*Isso não é uma redundância! É fato!

6 comentários:

  1. Oi,
    Eu fiquei todo sujo de sangue quando acabou o filme....
    Mas ele se superou em Sin City - sangue de várias cores - rsrsrs

    Mais vc sabe qual é o motivo desse sangue todo no Kill Bill?

    Bjus²

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  2. oie Marcus, tudo bem?
    Não sei o motivo do sangue não... me conta!

    beijus!

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  3. Fiz um pequeno resumo de algumas reportagens que eu li na época sobre o filme...

    Só pra vc ter uma idéia Foram utilizados 450 galões de sangue falso nos dois filmes de Kill Bill.

    O principal ponto do filme, é que desde o início Tarantino faz diversas referências às artes marciais e aos filmes asiáticos, principalmente os filmes de kung fu e de samurais. Já de começo temos uma reprodução do símbolo da Shaw Brothers, a principal produtora de filmes de artes marciais chineses nos anos 70. Daí para frente, sucedem-se várias seqüências geniais de lutas de espadas, kung fu, referências a filmes como a roupa de The Bride que é uma referência a Bruce Lee em Jogo da Morte e a aparição de Sonny Chiba, famoso ator de filmes chineses de artes marciais dos anos 70. A grande seqüência de animação ao estilo manga é um dos grandes pontos altos do filme, contando de maneira dinâmica e elegante, aguçando o clima fantasioso do universo de Tarantino. Até mesmo uma autocitação é feita apois o delegado que leva uma cuspida involuntária de The Bride baleada na igreja é o mesmo ator que fez o policial de Um Drink no Inferno, filme com roteiro de Quentin.

    Tem o caráter fantasioso do filme, muito mal interpretado por alguns críticos. Desde o início fica óbvio que Kill Bill se trata de uma homenagem satírica dos filmes de artes marciais chineses e japoneses, conhecidos pela violência explícita. Entretanto, vemos na tela que as ações são fantasiosas. É como se Quentin dissesse para o público “este é o meu universo, não é o mundo real!”. E isso fica muito claro na tela: sangue jorrando metros acima da cabeça após esta ser cortada por uma mangueira grossa que fica à mostra, corpos partidos ao meio e sangue visivelmente artificial. Não há o cunho sério da violência de Cães de Aluguel, por exemplo. Aqui, a violência é mostrada como uma comédia, como uma fantasia saída da cabeça de seu autor. Tarantino dialoga com os filmes que homenageia: “É tudo fantasia e entretenimento”.

    O que talvez ninguém tenha percebido é que Kill Bill não é um filme de artes marciais, nem um filme de ação e muito menos uma comédia nos moldes como a conhecemos. Kill Bill é antes de tudo um spaghetti western, um filme com uma forte influência de Sérgio Leone, diretor preferido de Tarantino. Todos os elementos do spaghetti western estão lá e Quentin deixa isto sutilmente aparente (algo que, pelos boatos fica explícito no Volume 2). È um spaghetti western no mais belo e elegante estilo, porém um western passado no Oriente. Um filme de referências. Uma homenagem de Tarantino para as suas preferências.

    As cenas parecem complexos movimentos de dança, com evoluções, recuos, avanços e toda uma gestualidade própria e estudada. Corpos que reagem a outros corpos, aos ambientes que os cercam e, principalmente à câmera, desenvolvendo movimentos inteiramente dependentes, bailando enquanto seguem um fluxo de ritmos vertiginoso.

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  4. Seu eu já gostava dos filmes, com sua brilhante explicação, fiquei mais encantada ainda!

    Adorei a aula!

    Um beijo.... por onde andou no final de semana?

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  5. que aula nada...rsrsrs
    O tarantino é um diretor muito bom e polêmico, gosto muito dos trabalhos dele...
    filmografia
    2005 - Sin City - A cidade do pecado (Sin City)
    2004 - Kill Bill - Volume 2 (Kill Bill: Vol. 2)
    2003 - Kill Bill - Volume 1 (Kill Bill: Vol. 1)
    1997 - Jackie Brown (Jackie Brown)
    1995 - Grande Hotel (Four Rooms) (Episódio - O Homem de Hollywood)
    1994 - Pulp Fiction - Tempo de Violência (Pulp fiction)
    1992 - Cães de Aluguel (Reservoir dogs)

    e ai, já viu quais?

    estava longe do computador...descançando a mente e os olhos...

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  6. Ciao,

    Já assisti Kill Bill 1 e 2, Pulp Fiction com certeza... mas estou na dúvida de Cães de Aluguel e o nome "Grande Hotel" me lembra algo... como um filme que peguei pela metade e nem sei se terminei! Kkkkkkkk... eu sou uma comédia!

    P.S.: Sonhei com vc esta noite... era um sonho psicodélico, nem me peça pra contar, só sei dizer que havia um personagem que eu sabia que era vc!
    beijão!

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