domingo, 21 de junho de 2009

Pré-Adolescência - Parte Única

Esta é a melhor e a pior parte das nossas vidas: melhor, porque daí pra frente são só descobertas; e pior, quando no futuro lembramos todos os micos! Foi na 5ª série que descobri como “amigas” podiam ser falsas... e mesmo assim, mudei de colégio e, passei da 6ª a 8ª série andando com garotas e flertando com garotos. Como 1993 foi um ano de transições, em plena 6ª série fui parar num colégio público. A grande razão para ser odiada por todos era que, ainda que levando uma vida em retrocesso, o luxo almejado por meus colegas era a minha simples realidade. No início foi difícil, mas não demorou muito para conquistar 3 amiguinhas. Ao menos com estas eu não sofri os problemas da falsidade, pois nosso forte era a sinceridade exagerada! Na 7ª série eu quase perdi em Matemática, que antes eu fora tão boa. Eram duas as razões do meu insucesso: eu odiava a professora e adorava ficar olhando, pela janela, os gatinhos que passavam na rua. A vida era bem legal naquela época. Nunca esqueço que eu fui ver uma apresentação dos Cavaleiros do Zodíaco (eu nunca gostei daquilo, mas me disseram que os dançarinos eram gostosos) no Shopping Piedade. Porém, foi na 8ª série que minha vida deu uma esquentada. Foi um período cheio de premonições, descobertas e falecimentos (3 na família). Imagina o que é ter 12 anos e ter de conviver com um primo e uma prima que morreram aos 13?!? Bem, eu tentava não me impressionar com estes problemas e focar nas coisinhas fofas que habitavam aquela escola no turno da tarde (8ª série, só no vespertino). Foi uma pena que fui me encantar pelo cara mais safado daquele lugar: Ricardo. Lindo, gostoso e com 16 anos (devia ser bem burrinho para estar com 16 na 8ª). Para minha surpresa, ele se interessou por mim e vivia me olhando. Até que certo dia, uma amiga disse que ele queria ficar comigo. Gláucia sabia que eu nunca tinha beijado e disse que eu iria “tirar de letra” aquela situação... ele nem iria notar! Bem, eu topei! Ela tomou todos os cuidados no acerto, para que ninguém soubesse do nosso encontro secreto. Encontrei o “trocinho” numa rua muito distante da escola e quando ia começar a falar alguma asneira, ele me deu um beijo delicioso que desisti de falar pelo resto do dia, caso a troca fosse possível! Contudo, eu era uma vítima dos meus horários e não tinha desculpa para me atrasar tanto em casa. Chegou o momento de dizer alguma coisa e a palavra foi dele: “Você quer continuar?” E eu só disse, após mais um beijo: “Não. Tenho que ir!” Enquanto ele falava de namoro, eu falava de estar ali e querer voltar pra casa. No dia seguinte ele nem olhava para a minha cara. Ele flertou com todas as meninas, para provar que superou o fora. Uma semana após o acontecido,  acabei encontrando, na frente da escola, com o irmão gato (Marcelo) de uma amiga... e não contei tempo: fiquei com o cara ali mesmo.

“Já sei namorar

Já sei beijar de língua

Agora, só me resta sonhar!”

Depois me contaram que Ricardo viu a cena e ficou estático do outro lado da rua. Nem foi pirraça, foi acaso! O interessante é que com Marcelo, eu namorei por um tempinho! Só sei que foram muitas paixões ocultas, muito flerte, muitas feiras das nações e de ciências para sermos o centro das atenções. E por mais que eu diga que esta fase tenha sido a dos micos e do arrependimento, ela só colaborou com uma fase melhor ainda: minha adolescência!

4 comentários:

  1. Só esqueceu de falar mal da sua prima-de-sei-lá-que-grau, aquela sem noção que morria de inveja de você. Aliás, tenho certeza que primos não foram feitos para estudar juntos. Senti isso na pele quando, no primeiro ano do segundo grau, uma outra prima-de-sei-lá-que-grau foi parar justamente na minha sala. Começamos muito bem, mas no dia que eu me neguei a emprestar o caderno com as respostas, ela virou minha inimiga mortal. O que eu perdi? Absolutamente nada. Aliás, quem perdeu foi ela. Não repetiu o primeiro ano porque a mãe pagou para ela fazer dependência num colégio particular.

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  2. Foi esse Ricardo que nós (eu, você e Larissa) encontramos na praia, quando voltávamos do aniversário da sua avó?

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  3. Não esqueci de citar, apenas não quero estragar minhas memórias! kkkkkkkkkkk

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  4. Ele mesmo... naquela época ele já estava bem caidinho!!! Imagina hoje com 32 anos?

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