Para uma criança que viveu até os 08 anos em um condomínio, até posso dizer que tive infância. Contudo, quem engrandeceu a minha lista de peripécias, foram as minhas primas. Minha avó tinha, além de um apartamento, uma casa bem pertinho do Parque Metropolitano de Pituaçú, o que me fez uma grande conhecedora de todos os “buracos” do bairro. Certa tarde eu e minha prima Cláudia (temos 1 ano e um dia de diferença), entediadas com a monotonia daquelas conversas de adultos, resolvemos brincar na rua. Pegamos o velotrol (na verdade, era uma tonkinha – para crianças maiores) de minha prima mais nova, subimos uma ladeirinha próxima, montamos no velotrol e nos entregamos à gravidade... vrummmmmmmm! Porém, num dado momento, houve algum desequilíbrio e o velotrol capotou com nós duas em cima. Saímos embolando ladeira abaixo, destruindo o que restava do brinquedo. Roupas sujas, corpos ralado, um velotrol destruído, duas crianças engolindo o choro e fazendo uma promessa de que ninguém saberia o que aconteceu ali.
Voltamos pra casa e deixamos o brinquedo quebrado num canto, afinal, era muito comum a prima mais nova quebrar as coisas e deixar para trás. Lembro-me que naquele dia minha mãe notou o quanto brinquei... notou isso pelas roupas sujas e arranhões!!
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