Dia de jogo do Brasil? Vale tudo!

É incrível como as pessoas se escondem por trás dos jogos da Seleção Brasileira pra fazerem tudo que tem vontade. Se eu já costumo fazer o que dá em minha cabeça, em dia de jogo é que eu exagero mesmo! Desde ontem a noite preparei uma “Maracutaia”  (Vodka, maracujá, leite condensado, leite em pó, açúcar e gelo) para comemorarmos a provável vitória da Seleção. Aproveitamos que os pais de Tony foram almoçar fora, para bebemorar e assistir ao jogo. Quando terminou o jogo estávamos mais que travados... quase uma hora pra recuperar... eu numa rede, Marcus numa cadeira de balanço e Tony andando de um lado pro outro do jardim, pra ver se ficava acordado, enquanto os outros 3 integrantes da festa, foram procurar os aditivos pra animar o pessoal. Quando o pessoal voltou, os pais de Tony já haviam retornado... e eu tentando disfarçar a bebedeira, com conversa mole, para que “minha tia” não notasse nada... a festa não podia continuar naquela casa... acabaram nos arrastando pra uma casinha numa invasão. Depois de andar por uns 15 minutos, chegamos a simples casa do coleguinha... neste momento já éramos sete. Maconha, cachaça e Hip Hop... alguns cederam a tudo, outros só ao álcool, mas eu fui a única que não quis nada, fiquei só rindo das figuras, do efeito da “palha do Sesi”, da amnésia psicótica... foi a pior mistura que eu já vi aquela turma fazer! Pena que no finalzinho, o maior dos seqüelados (que não conseguia nem terminar uma frase) afirmou que haviam 20 reais na carteira dele e que já não estava mais lá. Ficou um clima chato... se foi brincadeira de alguém, foi de muito mal gosto... por mais que todo mundo seja louco, mas não vejo necessidade de brincar desta forma. Depois que saímos da invasão, voltamos para o meu bairro... ainda fiquei com Marcus até umas 19h. Depois que meu amor foi pra casa dele, vim andando para a minha casa tranqüilamente, encontrei um colega na praça e parei pra conversar uns minutos... foi quando começou uma briga no meio da festinha dos pagodeiros, que até trio elétrico tinha (Coisas que só acontecem no famoso “Largo do G”). Como não sou besta, fui pra um lugar privilegiado, aonde encontrei minha tia, prima e mais alguns amigos... fiquei só vendo como é a progressão das brigas:

• Um cara de outro setor (Alfa#1) procurou briga (por causa de mulher) com alguém daqui (Alfa#2).

• Um cara cheirou cocaína demais (Alfa#3), enquanto assistia o jogo, se empolgou e no meio da comemoração procurou encrenca com outro (Alfa#4), que respondeu aos socos... quando ele viu que essa briga não ia dar em nada, ele (Alfa#3) quebrou uma garrafa e já agrediu o dono da locadora (Alfa#5), que vai ficar com uma cicatriz horrível no rosto.

• Horrorizado com a situação, o pai de Alfa#3 foi tentar controlar os ânimos do filho e tomou um soco na cara.

• Uns 5 homens tentaram controlar Alfa#3 e acabaram tomando alguns pontapés. Como os homens não resistiram por muito tempo, soltaram o agressor (Alfa#3) e este se meteu em uma nova briga, agora com (Alfa#6).

• Para aliviar a raiva, o pai de Alfa#3 foi bater em um menino que estava tentando separar a briga.

• Em toda a história eu não falei das outras brigas que aconteciam em volta, sem motivo algum... e as garrafas de cerveja voando de um lado pro outro!

 

Resumo: Caos total.

 

À minha frente acontecia uma verdadeira guerra... o lugar era privilegiado, eu via tudo e ninguém chegava perto... minha prima desesperava tentando ligar para a polícia e eu rindo da situação. Foram pelo menos 30 minutos de brigas que mais parecia um “mosaico da SKY pra o Ultimate Fight”... com opções pra qual briga eu poderia assistir. Pelo visto a comunidade que criei com tanto amor (Eu frequento a praça do G) vai ser atualizada nesta semana!

Amanhã, tudo volta ao normal... os seqüelados nem lembram da festa, Will vai descobrir que havia deixado os R$20, na casa dele, o pai que levou o soco do filho nem vai saber a razão do olho estar roxo, o dono da locadora... uiiii, este ganhou um corte imenso no rostinho, porém, não dou 2 semanas pra ele estar tomando cachaça com o agressor. Tudo volta ao normal e todos os erros são perdoados... afinal, eles estavam comemorando a vitória da Seleção Brasileira.

 

Que coisa, hein?!?!