Espírito Sádico

Há pouco eu estava sentada diante do meu pc, quando meu pai aparece e indaga:

(Pai) Como é que faz massa de pastel?

(GaTiNHa) Nunca aprendi a fazer uma massa de pastel decente que não me desse uma azia terrível depois! A única massa que eu conheço que presta, leva cerveja.

(Pai) Hummm, deixa eu ver.

Peguei a receita e mostrei ao meu pai.

(Pai) Só falta a cerveja... você que veio da rua à pouco, tem algum bar aberto aqui perto?

(GaTiNHa) Até dois!

(Pai) Você está esperando o que?

 

Saí, comprei a cerveja, voltei pra casa apreciando o quanto estava geladinha e coloquei em cima da pia.

 

(Pai) Você vai fazer o que agora?

(GaTiNHa) Continuar o que estava fazendo antes!

(Pai) Ahh tá!

 

10 minutos depois ouço meu pai me chamando.

 

(GaTiNHa) O que foi?

(Pai) O que faço com o resto da cerveja? (Típica pergunta provocadora!!!)

(GaTiNHa) Sei lá... ou você faz mais massa, ou bebe, ou joga fora...

Peguei a cerva e virei na boca

(Pai) TATIANE! Você está tomando remédio.

(GaTiNHa) Ahhh, tá, eu sei!

 

E mais outro gole. E outra olhada atravessada. Peguei a cerva, coloquei na altura da perna e fui matar minha vontade, contida há dias, em outro canto da casa, enquanto ouvia alguém resmungando longe.

 

Mas a pergunta prevalece: Se ele sabia que eu não “devia” beber, por estar tomando medicamentos, porque me chamou?

 

Fato: Nessa casa só tem sádico!